A comunidade caribenha do Brasil é composta por centenas de milhares, se não, milhões. A maioria deles é vista e usada como mão de obra barata e com adaptação fragilizada no Brasil. Essa visão excêntrica do Caribe estimula a falta de interesse pela rica cultura, arte e história dessa consciência, que está estabelecida no Brasil há décadas. Por isso, o Festival Café-Caribeno se propôs a atuar na criação de uma nova dinâmica que incentive essa comunidade a se desenvolver de forma mais ampla e justa e a fazer trocas mais benéficas do ponto de vista humanitário, cultural e revolucionário.            

“Investimento em troca cultural para melhor convívio da democracia e da humanidade.” ~ Carlile Max Dominique Cérilia ~

A importância de trocas culturais dinâmicas, metódicas e mútuas é historicamente comprovada. Por exemplo, a escravidão foi introduzida no mundo principalmente devido à discriminação cultural e oculta de outras culturas julgadas inferiores, junto com isso, os povos que as praticam. Por outro lado, a democracia (no contexto da imigração) como um sistema de valores políticos, geopolíticos e culturais requer para sua compreensão mais ampla e humanista, uma abordagem de valores históricos, culturais e etnológicos ligado no respeito mútuo compartilhado entre os cidadãos de cada grupo cultural e social. Essa responsabilidade que a equipe do Festival Café-Caribenho e o jovem poeta haitiano, Carlile, se atribuírem, por amor à cultura e à humanidade, em todo caso, é uma obra complexa, porém ele pensa que, em torno de uma taça de café, todas as culturas são universais e saborosas.